Friday 20 February 2015

Enquanto eu for descobrindo




Enquanto eu for descobrindo o primórdio da beleza
fecha-me os olhos para vê-lo.
Enquanto eu for descobrindo a língua portuguesa
sê o meu Fado mais belo.
Sê o meu passo.
Enquanto eu for descobrindo como amar
deixa-me ir para que possa voltar...
A liberdade de gaivotas e os fundos oceanos
serão  a medida do quanto nos amamos.
Sê o meu Destino.
Enquanto eu for descobrindo a sorte
sê o homem do meu Feminino.
Ajuda-me a brandir a minha espada
quando a batalha se tornar intensa
em caso de morte, sê a minha renascença
porque sem ti não sou nada
nem na Vida, nem sequer na Morte.
Sê a minha crença.
Sê a couraça da minh’alma desarmada
enquanto eu for descobrir o Perfeito
e jamais poderei ser derrotada
caindo e erguendo-me como quem vença
por saber que te trago no peito...



1 comment:

Nuno Sousa said...

Do mais bonito e profundo que já li. Parabéns Anja.